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Ódio

Odeio poesia, poetas e as suas penas
Odeio cantores, cantigas e os seus dilemas
Odeio musicos, musicas e os seus temas
Odeio actores, actuações e a vida em cenas
Odeio mãe, pai e palavras pequenas
Odeio pessoas, vidas e os seus problemas
Odeio amar, amor e sentir apenas
Odeio odiar com o ódio das emoções amenas
Amo o amor como a única forma de sentir apenas!

João Cunha

Amor

Sorrisos plantados na dor de ser
Vidas enfeitadas de nada e brilhantina
Aplausos perdidos num pano que cai
Passado resolvido com um machado cego
Arrancadas dores de um peito sem raizes
Lágrimas que lavam a saudade de não ter
Amor que vence o presente e cresce no futuro
Conquistas que esmagam a inveja dos que rastejam
Fantasias que nos dão o poder de fazer
Sonhos que esmagam a realidade e nos fazem matar por AMOR!

João Cunha

Parabéns meu Amor

Amar-te, é viver o sentido da palavra feliz
Amar-te, é ter o que faz falta a quem tudo tem
Amar-te, é sentir os sentidos como mensageiros da nossa paixão
Amar-te, é poder cavalgar um sonho como se da vida se tratasse

Amar-te, é dar-te a mão e saber que só vais largar quando a vida se esgotar
Amar-te, é sentir que o mundo inteiro cabe no aperto dos nossos peitos
Amar-te, é pensar na vida como um cenário de um primeiro acto que acabará na eterniade
Amo-te mais que tudo e tudo é o que tenho por te amar

João Cunha

Sonhos

Sonhos, levam-nos para lá do ser
Sonhos, cravam-nos um sorriso nos lábios
Sonhos, fazem-nos saltar os meios e só viver os fins
Sonhos, obrigam-nos a voltar onde nunca estivemos
Sonhos, dão-nos a felicidade no instante de um sorriso
Sonhos, sorriem-nos na passagem da vida
Sonha e faz sonhar quem nunca sonhaste que sonharia como tu!

João Cunha

Houve dias

Houve dias em que a morte esteve mais longe de nós
Houve dias em que a esperança durava um lusco fusco
Houve dias em que o amor me fez ver para além carne
Houve dias em que o desejo da morte nos cortava a ilusão
Houve dias em que a vida doía mais que a morte
Houve dias em que a morte esteve mais longe de nós
Haverão todos os dias da minha vida para te amar tio!

João Cunha

Há dias

Há dias em que a morte está tão perto de nós!
Há dias em que o norte desce-nos pela cara e salga-nos os lábios
Há dias em que o forte é o que mais sofre com os dedos cravados na vida
Há dias em que a esperança nos foge no olhar distante do mensageiro
Há dias em que a lembrança corre a vida até ao fim da consciência da palavra
Há dias em que a perseverança não nos chega para ganhar o jogo da vida
Há dias em que a morte está tão perto de nós!

João Cunha

Retratos de palavras II


Nas escadinhas de uma colina, vivem os cumplices de uma vida
Das rotinas das suas pedras, muitas histórias nos arrebatam
Das rodas de uma bicicleta, vemos um descanso na subida
Nas janelas fechadas da vizinhança faltam os olhares que a retratam
Retratos de Palavras
Foto: Marisa Cunha
Texto: João Cunha

Retratos de palavras I


Quando os olhos de uma menina furam o bronze de uma estátua
O poeta verga-se pelo colo da ternura de um olhar descomprometido
Pelo toque de uma mão ligeira, o bronze gela imóvel
Por não retribuir as doçuras de uma princesa menina que sonha!


Retratos de Palavras
Foto: Marisa Cunha
Texto: João Cunha

Filho de uma mãe qualquer

Nascido e amado
alimentado e educado
embrulhado e despachado
filho criado


Consciência nascida
tarde na vida
que um elogio na vida
só na despedida


Momentos passados
sentimentos lavados
elogios roubados
para um pai adorados


Cresceu viveu
lutou venceu
nem um momento perdeu
pelo elogio que a mãe não lhe deu

João Cunha

Pele

Embrulho de sentido
sem sorrisos roubados
de passados doridos
em bocas lavados
Nua despida
para toda a vida
para toda a obra
quando da dor sobra


Escondida dos olhos
fere a alma
mascára a calma
que nos lava os olhos


Qual puta dorida
que sente na vida
a importância do olhar
de quem a quer comprar

João Cunha